segunda-feira, 30 de julho de 2012

Em breve...







Ilustração: Nílson Araújo




Mais uma edição da Viu! está rodando na gráfica. Dentro de poucos dias ela estará nas mãos dos porto-felicenses. Desta vez, de forma diferente. A revista será distribuída gratuitamente. Mas não para por aí, outras novidades estão por vir... Essas inovações, você irá conferir dentro de poucos dias. Aguarde!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Escola de Samba Acadêmicos da Barra realiza Noite Italiana


Nesta sexta-feira, 6 de julho, a Escola de Samba Acadêmicos da Barra Funda convida a todos para estarem participando da Noite Italiana, que será realizada no Espaço de Recreação do Esporte Clube União, a partir das 20h. Os convites individuais custam R$ 30,00 e podem ser adquiridos através dos integrantes da escola ou na hora do jantar.

Confira a seguir o cardápio:

Entrada: Polenta frita e sardella com torradas.
Massas: Conchiglione a quatro queijos, rondelli de queijo, presunto ao molho branco e nhoque a bolonhesa.
Acompanha: Almôndegas ao molho de tomate.
Saladas: Tomate, rúcula e alface.
Sobremesa: Doce de abóbora.

Obs: No convite está incluso somente o jantar. As bebidas deverão ser compradas a parte.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Febre maculosa faz mais uma vítima




Após uma semana do falecimento de Andréia Bernardo Dias, 37 anos, e um dia após o diagnóstico de Febre Maculosa, emitido pela Secretaria de Saúde, a doença fez sua segunda vítima: Anderson Bernardo Dias, 5 anos, filho de Andréia, que faleceu na madrugada desta quarta, 4. O menino estava internado há mais de uma semana no Hospital Regional de Sorocaba, junto com o pai, André Bernardo Dias, 38 anos, que continua em estado grave. A filha Heloísa Dias, 1 ano, e o sobrinho Leandro Colombo, 4 anos, também estavam internados, mas tiveram alta na semana passada.
Esse caso preocupou moradores porto-felicenses por se tratar de um diagnóstico difícil de apurar. Primeiramente, acreditou-se que era Meningite, depois havia suspeita de Leptospirose, Dengue hemorrágica e Febre Maculosa. Logo após a morte de Andréia e internação dos familiares, o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Sorocaba e a vigilância municipal, foram até a casa da família e adotaram todas as medidas de bloqueio necessárias, inclusive com a interdição provisória do imóvel e dedetização, pois no local foram encontrados carrapatos e ratos.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a Secretaria de Saúde deve fazer uma campanha sobre a doença na cidade e, caso alguém tenha sintomas semelhantes, deve procurar o posto de saúde mais perto da residência.

Descaso no atendimento

Esse caso trouxe uma polêmica sobre o atendimento à saúde porto-felicense. Segundo o irmão de Andréia, Luiz Henrique Colombo, houve descaso por parte da Santa Casa de Misericórdia no atendimento aos seus familiares. Ele conta que o sobrinho, Anderson, foi o primeiro a apresentar os sintomas: febre e pequenas manchas no corpo. Quando foi a Santa Casa, o médico suspeitou que fosse catapora e sem qualquer tipo de exame laboratorial, disse que era para aguardar em casa. No dia seguinte, Andréia estava com muita dor de cabeça e foi para o hospital, onde foi diagnosticada, sem realização de nenhum exame, com enxaqueca. Andréia retornou para casa apenas com a indicação de um remédio para dor de cabeça. “Mas, a dor continuou e ela teve que voltar ao hospital, onde, sem nenhum exame laboratorial, recebeu o mesmo diagnóstico”, conta.
No domingo, 24, Andréia estava tão ruim que Luiz Henrique e o cunhado André, que também começava a apresentar febre e dores pelo corpo, tiveram que a levar novamente ao pronto-socorro. Desta vez, foram realizados exames que detectaram alterações na paciente, que acabou ficando internada. Já André passou apenas por uma radiografia do pulmão e como havia uma pequena alteração, a suspeita era de que fosse pneumonia e ele retornou para casa.
Na segunda-feira, 25, o quadro de Andréia se complicou e a Santa Casa a transferiu para o Hospital Regional. No entanto, ao chegar lá, Luiz Henrique foi informado que não havia vaga na UTI e que teria que retornar para Porto Feliz. Diante do grave estado de saúde de Andréia, a família decidiu interná-la no Evangélico, hospital particular, onde ela faleceu no final da tarde.
Diante dessa fatalidade e por suspeitar que uma doença infectocontagiosa poderia ser ocasionado a morte da irmã, ele levou novamente o cunhado e sobrinho para a Santa Casa de Porto Feliz, de onde foram transferidos para o Hospital Regional em Sorocaba. "Se os médicos tivessem feito os exames necessários, minha irmã e meu sobrinho poderiam ter sidos salvos".
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Porto Feliz, responsável pelo gerenciamento do Pronto-Socorro da Santa Casa, informou que com base nos prontuários de atendimento, a instituição realizou todos os procedimentos e encaminhamentos necessários aos pacientes que passaram pelo serviço de saúde.

Febre Maculosa

A febre maculosa é transmitida pelo carrapato-estrela, que normalmente é encontrado em roedores como a capivara, cavalos e bois e até em cachorros e aves domésticas. É uma infecção aguda causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. O ser humano  é infectado por meio da picada do carrapato que eventualmente carrega esta bactéria nas suas glândulas salivares. Para que ocorra o contágio é preciso que o carrapato se mantenha em contato com a pele por pelo menos quatro horas, sendo que o período de incubação da doença pode variar em até uma semana, quando inicia o aparecimento dos sintomas.
Esta infecção não passa de uma pessoa doente para outra por contato físico nem contato com saliva, urina ou fezes. Sempre é necessária a picada do carrapato. Porém, a ausência de um relato de que houve a picada por um carrapato não exclui o diagnóstico já que este relato depende da observação e da memória do indivíduo. Além disso, mais de um caso pode aparecer na mesma família ou em pessoas que moram na mesma região porque foram expostos aos mesmos animais portadores de carrapatos infectados.

Sintomas

A pessoa infectada pode desenvolver sintomas de 2 a 14 dias após a picada, em média, uma semana. Estes sintomas podem praticamente não existir ou serem muito fracos, o que dificulta o diagnóstico.
Nas pessoas que desenvolvem o quadro mais característico, a febre pode ser moderada a alta, chegando até 39 a 40 graus. Esta febre pode durar de 2 a 3 semanas e geralmente a pessoa tem que restringir as suas atividades, necessitando repouso no leito. É comum ter dor de cabeça intensa, dor no corpo, calafrios e edema dos olhos e conjuntivas.
Nos primeiros dias de febre pode aparecer a mácula, de onde vem o nome da doença. São lesões de pele, róseas, nos punhos e tornozelos, que progridem para o tronco e face e após, mãos e pés. Em 2 a 3 dias, estas lesões adquirem um certo volume e podem ser sentidas ao toque quando ficam de uma coloração mais forte. Após 4 dias podem ficar arroxeadas. Nas áreas de maior atrito, podem se unir e formar uma placa que se parece com um hematoma. Pode haver descamação nas áreas mais intensas.
O diagnóstico deve ser feito a partir de um histórico clínico que visa avaliar se houve a possibilidade de contato com o carrapato, além da realização de testes sorológicos. A evolução da doença pode ser mais rápida que o resultado dos testes, podendo levar o paciente a óbito. A mortalidade pode chegar até 20% dos casos diagnosticados.

Tratamento

A maioria das pessoas tem um curso benigno que necessita só de medicações sintomáticas como analgésicos, antitérmicos, hidratação oral e repouso. Estima-se que estas pessoas não chegam a procurar atendimento médico e a infecção tem uma resolução espontânea em algumas semanas. Os casos mais graves, quando diagnosticados, devem receber antibióticos específicos e medidas de suporte, muitas vezes necessitando até de tratamento intensivo.

Prevenção

- Evitar contato com animais domésticos e silvestres em regiões reconhecidamente de alta incidência da doença.
- Se for necessário entrar em contato com animais vistoriar o corpo de 3 em 3 horas já que o carrapato necessita ficar aderido por mais de 4 horas para transmitir a infecção.
- Se necessitar andar em locais de vegetação alta, usar calças compridas e botas.
- Não esmagar o carrapato, já que a bactéria pode entrar em algum ferimento do homem.
- Usar carrapaticida em animais domésticos com a freqüência recomendada.